Viver Melhor Web (Manaus-AM) Whatsaap: 92 99182-1961
Anistia: veja como deputados do AM votaram o pedido de urgência para projeto que perdoa condenados por atos golpistas
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Câmara aprova urgência para votação de anistia a golpistas
O pedido de urgência para um projeto de anistia a condenados por atos golpistas foi aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira (17). Dos oito deputados do Amazonas, cinco participaram da votação e nenhum votou contra.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
📱Baixe o app do g1 para ver notícias do AM em tempo real e de graça
➡️ Aprovar a urgência significa acelerar a tramitação do projeto. O texto não precisará passar por comissões e poderá ser votado agora direto no plenário.
O texto que vai valer, no entanto, ainda não está definido. Para aprovar a urgência, a Câmara usou um projeto do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) que já estava pronto. Isso não significa que esse será o texto final.
No total, foram 311 votos a favor e 163 votos contrários. Além disso, foram registradas 7 abstenções, uma delas de um dos parlamentares da bancada amazonense.
Veja os votos:
Adail Filho (Republicanos): a favor ✅
Amom Mandel (Cidadania): ausente ❌
Átila Lins (PSD): ausente ❌
Capitão Alberto Neto (PL): a favor ✅
Fausto Santos Jr. (União Brasil): a favor ✅
Pauderney Avelino (União Brasil): abstenção ⛔
Sidney Leite (PSD): ausente ❌
Silas Câmara (Republicanos): a favor ✅
Como foi a votação
A votação da urgência foi articulada por líderes da oposição junto a Hugo Motta. Faz semanas que a oposição quer votar o texto, e agora o presidente da Câmara decidiu pautar a urgência.
➡️ Na terça-feira, a Câmara também aprovou a chamada PEC da Blindagem, que amplia a proteção judicial a parlamentares. Na prática, ela dificulta o andamento de processos contra deputados e senadores.
O texto apresentado por Marcelo Crivella, aprovado na votação de urgência ontem, diz que:
"Ficam anistiados todos os que participaram de manifestações com motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas, entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor desta lei."
Não fica claro, portanto, se o texto que a Câmara votar — ainda não há data — anistiará ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.
Hugo Motta defendeu a discussão e disse que o Brasil "precisa de pacificação". "Não se trata de apagar o passado, mas permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito", afirmou.
Interlocutores do governo minimizam a derrota e contam com o avanço de um texto mais ameno. Mas a estratégia é vista como arriscada e divide a base aliada.
Deputados do Amazonas.
Reprodução